Se você, leitor, tivesse podido
participar da Última Ceia, já imaginou com que cuidado procuraria
guardar na memória tudo quanto ali ocorreu? Cada gesto de Nosso Senhor,
cada palavra d'Ele seria como um valioso tesouro de recordações para o
resto de sua vida. Mas a realidade foi outra. Apenas os Apóstolos estavam à mesa com Jesus, quando Ele celebrou a Primeira Missa. Somente eles?
Para Deus não há tempo, tudo é presente. E por isso, Nosso Senhor Jesus Cristo, ao celebrar a Última Ceia, não tinha diante de Si apenas os Doze Apóstolos. Como Deus, Ele considerava também todos os membros da Igreja que ao longo dos séculos participariam do banquete eucarístico e se alimentariam de seu Corpo e Sangue. Na Santa Ceia, Ele nos tinha em vista, a todos nós, a você, leitor, e rezava ao Pai Celestial pela salvação de cada um. E, nesse sentido, nós também estivemos lá. Por esse motivo, quando participamos da Celebração Eucarística e ouvimos o sacerdote pronunciar as palavras da Consagração, podemos fazer- nos presentes na Última Ceia, à mesa com Jesus, ouvindo seus divinos ensinamentos, recebendo de suas adoráveis mãos o Pão Eucarístico, bebendo seu Preciosíssimo Sangue ou encostando a cabeça no peito do Senhor e ouvindo o pulsar de seu Divino Coração.
Para Deus não há tempo, tudo é presente. E por isso, Nosso Senhor Jesus Cristo, ao celebrar a Última Ceia, não tinha diante de Si apenas os Doze Apóstolos. Como Deus, Ele considerava também todos os membros da Igreja que ao longo dos séculos participariam do banquete eucarístico e se alimentariam de seu Corpo e Sangue. Na Santa Ceia, Ele nos tinha em vista, a todos nós, a você, leitor, e rezava ao Pai Celestial pela salvação de cada um. E, nesse sentido, nós também estivemos lá. Por esse motivo, quando participamos da Celebração Eucarística e ouvimos o sacerdote pronunciar as palavras da Consagração, podemos fazer- nos presentes na Última Ceia, à mesa com Jesus, ouvindo seus divinos ensinamentos, recebendo de suas adoráveis mãos o Pão Eucarístico, bebendo seu Preciosíssimo Sangue ou encostando a cabeça no peito do Senhor e ouvindo o pulsar de seu Divino Coração.
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1. A "Última Ceia, Catedral de Colmar, França2. O sagrado vaso utilizado por Jesus na Última Ceia foi acrescido, em fins da Idade Média, de uma base de pedra e ourivesaria 3. São Lourenço, por Taddeo Gaddi (Metropolitan Museum of Art, Nova York) 4. Em meados do séc. III, São Lourenço enviou para Espanha o Santo Cálice, hoje exposto à veneração dos fins na Catedral de Valência |
Isso torna-se mais facilmente sensível
quando estamos diante de uma das mais preciosas relíquias de Nosso
Senhor Jesus Cristo: o Cálice que Ele usou na Última Ceia para consagrar
o vinho. Foi esse valiosíssimo vaso sagrado que Sua Santidade Bento XVI
usou na Celebração Eucarística em Valência, Espanha, no Encontro
Mundial das Famílias. Poucos Papas tiveram o privilégio de celebrar com
ele a Santa Missa. Levado para Roma por São Pedro, foi utilizado pelos
Papas dos primeiros tempos, na Celebração Eucarística.
Segundo os historiadores, no Cânon
Romano mais antigo encontrasse uma referência à existência desse Santo
Cálice, pois no rito da consagração do vinho se dizia: "do mesmo
modo, terminada a ceia, tomou este cálice glorioso em suas santas e
veneráveis mãos...". Muitos opinam que "este cálice glorioso" é uma
menção a um cálice concreto, ou seja, àquele que o Senhor usou na
Última Ceia. Durante a perseguição do imperador Valeriano, São Lourenço o
enviou para a Espanha, em meados do século III, a fim de evitar que ele
caísse em poder dos pagãos. Hoje em dia, esta relíquia é venerada na
Catedral de Valência.
Quando participamos da Celebração
Eucarística, embora o celebrante não tenha em suas mãos uma relíquia tão
preciosa, como a teve o Papa Bento XVI, e nossos olhos apenas vejam o
altar e o sacerdote, a Fé nos ensina ser Jesus que, pelos lábios do
ministro sagrado, pronuncia as palavras da Consagração, como na Última
Ceia. No Sacrifício Eucarístico o passado se faz presente, e também nós
estamos diante de Jesus no Cenáculo, como na Primeira Missa.
José Antonio Dominguez(Revista Arautos do Evangelho, Agosto/2006, n. 56, p. 50)
José Antonio Dominguez(Revista Arautos do Evangelho, Agosto/2006, n. 56, p. 50)